terça-feira, 21 de setembro de 2010

OS VELHINHOS DO BOLA BRANCA - MÁRIO OSÓRIO MARONA - Visto por Jader Morales


Visita ao seu manto sagrado - o Beira-rio

Mário Marona nasceu em  13.05.1929, hoje com 81 anos.
           

Conheci Mário Marona ainda nos tempos em que jogava na Pelotense, quando tínhamos os famosos torneios de integração, coisas que a geração de hoje não alimenta mais.
Eram estes torneios que davam oportunidades aos mais novos e aqueles que estavam iniciando no futmesa e tinham uma oportunidade de adquirir experiência.

E foi em um desses integrações entre Afumepa e Associação Pelotense, lá pelos anos 80, que por intermédio do meu também amigo Maroninha que conheci o velho Marona.


 Foto com os presidentes da Afumepa


Figura doce, amável, de fácil relação e muito emotivo. Ainda muito trabalhador dos tempos da Ceasa.

E eu que como dizem sou muito satisfeito passei a estreitar minhas relações com o “velho” Marona passando a hospedar-me em sua casa ainda lá em Canoas, no Bairro Rio Branco.

Lembro com um sentimento muito alegre de sua esposa, saudosa dona Zula, que não media esforços para fazer uma boa carnezinha no forno, nos sábados à noite, quando lá me hospedava.
Ela só pegava muito no pé dele, andava sempre desconfiada dele.
Um dia ele até nos falou que ela andava desconfiada que ele não saía nem viajava para jogar botão coisa nenhuma. Ele ia para “outros” lados.
Não necessito dizer as gozações que fizemos e queríamos até saber para aonde ele ia, pois, com certeza não era para onde ela imaginava.

Como naquela época havia esta forma de hospedarmos nossos amigos em nossas casas para diminuir custos o “velho” passou a hospedar-se também em minha casa.

Mas aí as nossas relações se estremeceram um pouco porque o veio começou a jogar algumas linhas para a viúva minha mãe, obrigando-me inclusive a chamá-lo de “papi”.

E aquilo pegou. Hoje ninguém consegue ver-me chamando-o de uma outra forma que não seja Papi.

E a nossa relação cresceu cada vez mais  que hoje não consigo ir a Porto Alegre e não fazer uma visita, almoçar, jantar e ainda hospedar-me em sua casa, hoje já em POA na  Pça. Julio de Aragão Bozzano.

Temos muitas histórias em comum para contar, algumas até com fotografias.

Uma delas que é do conhecimento de muitos aconteceu quando em uma tarde que saiam o Papi e o Maroninha da sede da Afumepa que o "véio" se adiantou e subiu primeiro no carro do Maroninha. Ele estranhou que o Maroninha tinha parado no caminho para falar com alguém que ele não conhecia. De repente aquele estranho entrou no carro no lugar do motorista e mandou que ele passasse os seus pertences, pois aquilo era um assalto.
Tomado por uma fúria italiana agarrou-se com as duas mãos na sua gloriosa caixa com os guris e disse que o time dele o distinto não ia levar de jeito nenhum. Dizem que o distinto puxava de um lado e o véio do outro, até que alguém cedeu. E foi o distinto que cedeu e deixou o time com o seu legitimo dono.

Temos outra passagem interessante e nessa envolve o seu famoso fusquinha branco queimado.
Estávamos jogando um Bola Branca e ficaríamos alojados no escritório do Vito. Ninguém sabia aonde era, só o Vito e o Marona. O Vito saiu na frente levando o pessoal de Rio Grande e o Marona guiaria o pessoal de Pelotas. O Vito chegou lá, desceu o pessoal, deixou a chave e foi para sua casa. Saímos do local dos jogos e conhecemos outra face do véio que não conhecíamos. Não preciso dizer que em apenas uma quadra o homem desapareceu e nós que não conhecíamos nada com certeza nos perdemos. Foi necessário ligar para o pessoal que estava lá no escritório do Vito para ir nos socorrer.
No dia seguinte fomos tirar as devidas satisfações e o véio disse que nós éramos muito lentos.

Outra passagem e esta registrada é que meus filhos descobriram que um dos passatempos favoritos do “véio” era ler gibi, especialmente Tio Patinhas.
Então sempre que ele se hospedava na minha casa a gurizada já deixava um monte de revistas ao lado da sua cama.
Qual nossa surpresa quando passamos pela porta do quarto e lá estava aquela cena muito interessante: o “veio” dormindo, com a mão esticada para o lado, mas a revistinha firme na sua mão.

Não necessito dize dizer também que Mário Marona é um dos precursores do Bola Branca, tendo sido o seu 10º presidente na gestão 2000/2001.


 Troféu Bola Murcha de 1997


No Bola Branca Marona foi o campeão do Bola Murcha em maio de 97 em POA, 4º lugar no BBB de novembro de 2000 na cidade de Pelotas, 2º colocado no BBB de junho de 2002 na cidade de Bagé, Bi-campeão do Bola Murcha no BBB de outubro de 1997 na cidade de Pelotas, como se vê só no bola branca tem muitas conquistas.

O Marona tem tanto troféus em casa que o Maroninha coloca os seus 4 troféus que ganhou em sua carreira juntos com os do pai e diz para quem chega: -“olha os nossos troféus”

Mas as suas grandes conquistas não são só na mesa. Suas grandes conquistas estão também e principalmente fora da mesa, com a sua amizade, o seu carinho e o grande número de amigos que granjeou ao longo da sua vida de mesa futebolista.

Hoje sua saúde não tem permitido que ele viaje com freqüência e por isso ele tem andado um pouco afastado. Mas diz ele que tão logo termine alguns exames que vai fazer e uns óculos especialmente para o futmesa, que ele vai voltar.

Recentemente foi distinguido com o título de “Jubilado”. Este título lhe confere o direito de comparecer quando quiser e puder sem que lhe seja conferida alguma falta.

Por tudo isso que hoje me sinto muito feliz e honrado em poder escrever sobre a grande e longa convivência que tive com meu grande amigo MARIO OSORIO MARONA, que junto com Onely e Almiro, são os expoentes máximos do grupo Botonista Bola Branca.


Visita e torneio na casa do Mabilia e Letícia



Visita ao Vito juntamente com o Jader



Com o filho Luis Fernando e nora Maria Teresa



com o filho Marcos e a nora Maria José



com o filho Mario Renato e a nora Roberta

Este é o grande Mário Osório Marona figura por demais carismática do nosso futmesa e o grande jubilado do grupo Botonista Bola Branca.





Fotos gentilmente cedidas pelo filho Maroninha e algumas extraídas do site da Afumepa.

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